Oi gente, aqui é a Laura do @podecriticar, e hoje vim falar de um assunto mega importante!
Setembro já chegou (passou rápido né?) e com ele vem a campanha bem conhecida sobre a conscientização do suicídio: Setembro Amarelo. Bom, já começo lembrando que a conscientização, o debate sobre saúde mental, deve ser mantido o ano todo, não se restringindo a uma “data especial”. Segundo dados alarmantes da OMS, a cada 40 segundos uma pessoa no mundo tira sua própria vida, e atualmente o Brasil é o país que concentra mais depressivos e ansiosos no mundo, com 5,8% de sua população com depressão, e 9,3% com ansiedade; sendo a média diária de suicídios no Brasil de 32 pessoas. Já passou da hora de todos, como sociedade, darmos real importância a essas estatísticas, e se faz relevante ressaltar que em casos de problemas psicológicos, deve-se recorrer a um profissional, como um psicólogo e um psiquiatra; em caso emergencial, recorrer ao CVV (centro de valorização da vida), discando 188.
Falar sobre saúde mental nunca é fácil, ainda mais em sua forma mais sensível que é o suicídio. Isso não significa que devemos evitar o assunto, como se não existisse, mas sim abordar de maneira consciente e adequada. Como vocês já sabem, (ou ainda não, prazer) em meu perfil no Instagram eu falo e faço críticas de filmes e séries, e, também, como aluna do curso de Psicologia, eu não poderia deixar de trazer uma lista de filmes para a campanha de Setembro Amarelo! Por ser esse, insisto, um assunto delicado e que necessita manejo, reuni uma listinha com filmes que abordam, alguns mais intensos que outros, o suicídio, de maneira delicada e simbólica, a fim de suscitar reflexões sobre o tema.
Se enlouquecer, não se apaixone (2010) Onde assistir: Netflix.
Sinopse: Craig (Keir Gilchrist), estressado com as demandas de ser um adolescente e assustado com sua tendência suicida, decide buscar ajuda em uma clínica psiquiátrica. Internado por uma semana, ele logo é acolhido por Bobby (Zach Galifianakis), que se torna seu mentor, e se encanta com Noelle (Emma Roberts).
Entre os filmes que selecionei, esse talvez seja o mais leve e divertido de assistir. Com uma pegada de comédia romântica, a obra pode, inclusive, ser um início de debate sobre o tema com adolescentes. Isso porque, o personagem principal tem vergonha de dizer aos outros que possui “problemas psicológicos”, e é com a ajuda de novos amigos que vem a autoaceitação e o descobrimento da importância em se pensar e falar sobre saúde mental.
As vantagens de ser invisível (2012) Onde assistir: Netflix.
Sinopse: Charlie (Logan Lerman) é um jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Com os nervos à flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Seu professor de literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si… até o dia em que dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), passam a andar com ele.
Outro filme com uma pegada adolescente, porém em tom mais melodramático que o anterior. De modo sensível, o filme aborda a questão de traumas e como estes deixam marcas na vida, mesmo que as vezes pareça “tudo bem”. Outro ponto aqui trabalhado é a importância de uma rede de apoio (seja amigos, familiares) e como recorrer a outros em períodos difíceis, não torna ninguém mais fraco por isso. Um filme sensível e acolhedor.
O lado bom da vida (2012) Onde assistir: Prime vídeo/ Globoplay.
Sinopse: Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá provocar mudanças significativas em seus planos futuros.
Diferentemente dos anteriores, este já é um filme um pouco mais adulto, porém não deixa de ter momentos mais descontraídos, sendo ele uma comédia dramática. De modo delicado, mas também irônico, com pitadas de amor ácido, o filme acompanha dois protagonistas, ambos com traumas e problemas psicológicos, mas cada um com seu jeito bem diferente de lidar. Um romance não convencional, que emociona e faz refletir sobre como a nossa “bagagem” influencia no nosso modo de lidar com o mundo.
O mínimo para viver (2017) Onde assistir: Netflix.
Sinopse: Uma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença e ter uma vida feliz e saudável, a moça passa os dias sem esperança. Porém, quando ela encontra um médico (Keanu Reeves) não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar.
Este é um filme sobre um problema muito sério e nem tanto falado: a anorexia. Com uma abordagem delicada, o filme se utiliza muito do simbolismo para retratar em cena a complexidade e íntima conexão entre traumas e saúde mental. Um drama ao mesmo tempo que sensível, bem intenso e emocionante, que enfoca a simbólica área que desde o nascimento afeta nosso modo de viver a vida: a família.
Por lugares incríveis (2020) Onde assistir: Netflix.
Sinopse: O enredo de Por Lugares Incríveis acompanha Violet Markey (Elle Fanning) e Theodore Finch (Justice Smith), que têm suas vidas transformadas para sempre quando se conhecem. Juntos, eles se apoiam para curar os estigmas emocionais e físicos que adquiriram no passado.
O filme mais recente da lista e um que bem abarca as nuances do suicídio. De maneira artística, poética, a obra suscita diferentes reflexões, como: o luto, como “depressão não tem cara”, como ter amigos, alguém que está ali para você é essencial, mas não exclui a necessidade de ajuda profissional e capacitada para lidar com depressão e outras questões. Pode-se considerar um drama adolescente, no entanto é muito profundo em suas sutilezas.
Bom, esse foram os 5 filmes que trouxe, para fazer refletir, e espero que estes sejam mais uma porta para o debate sempre tão necessário sobre saúde mental!
Mais dicas e listas vocês encontram no meu perfil, @podecriticar
Até a próxima e se cuidem,