Olá, MagLovers! Aqui é a Teca Machado, do blog literário Casos, Acasos e Livros, uma leitora compulsiva, escritora apaixonada e viciada em boas histórias.
Você já viu essa frase?
“É verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico precisa de esposa.”
Essa é a abertura de Orgulho e Preconceito, uma das mais conhecidas da literatura.
Era vergonhoso admitir que mesmo aficionada por romances eu nunca tinha lido Orgulho e Preconceito, da Jane Austen. E também nunca tinha assistido ao filme de 2005 do diretor Joe Wright com Keira Knightley e Matthew Macfadyen.
Detalhe: Eu tinha duas edições do livro em casa e o filme está na Netflix.
Mas no final de 2021 coloquei como meta que o meu primeiro livro lido em 2022 seria esse e agora posso dizer que li e, como todo mundo, me apaixonei pelo Mr. Darcy, porque, né, acho que é meio impossível isso não acontecer. E assim que terminei a leitura fui ver o filme.
Orgulho e Preconceito
As cinco irmãs Bennets estão em idade de se casar, mas para o desespero da mãe isso ainda não aconteceu para nenhuma. Quando o senhor Bingley, rico e bonito, chega na vila de Longbourn, todos no local se alvoroçam, mas ele só tem olhos para Jane, a filha mais velha dos Bennets. E a admiração é recíproca. Mas junto dele veio o melhor amigo, o senhor Darcy. Ao contrário da simpatia e gentilezas de Bingley, Darcy é taciturno, mal-humorado e desperta o desprezo de Elizabeth, uma das irmãs de Jane. Mas o amor não é como a gente gostaria que fosse e ambos se apaixonam, por mais que demorem a perceber isso.
Retrato fiel da época
Jane Austen é uma mulher a se admirar! Ela foi muito importante para a literatura mundial e escrevia numa época que as mulheres não tinham tanto espaço na sociedade.
Um dos pontos mais interessantes de Orgulho e Preconceito é que é um retrato bastante fiel da época em que foi publicado, em 1813. Jane Austen escrevia sobre o que vivia, sabia e observava. Teve contato com a aristocracia inglesa da região campestre em que viveu e colocou muito de si mesma na sua protagonista de Orgulho e Preconceito (com a diferença de que nunca se casou). Apesar de a autora ter outras obras, essa é definitivamente a mais conhecida.
Jane Austen narra minuciosamente costumes, tradições e preconceitos do início do século XIX porque realmente viveu tudo aquilo. A questão de classe social é muito forte, principalmente quando falamos de
Darcy. De forma irônica e mesmo ácida em alguns momentos – para os padrões da época, é claro – ela fala sobre o lugar da mulher na sociedade e do quanto havia muita injustiça.
Com personagens muito bem construídos, principalmente a protagonista e Darcy, que vai tendo suas camadas reveladas aos poucos, Orgulho e Preconceito é cheio de diálogos inteligentes e mordazes, reviravoltas e amadurecimento dos personagens, alguns deles até mesmo cômicos.
Podemos dizer que Orgulho e Preconceito é um clássico universal e atemporal.
Leitura
Apesar de ter gostado muito de Orgulho e Preconceito, não vou negar: é um livro lento e difícil de ser lido. Não é rápido e nem ágil, muito por causa da época em que foi escrito. A linguagem não é antiga ou complexa, mas não é das mais simples também. Demorei quase um mês para terminar a leitura. E é engraçado ler um romance, ainda mais de época, em que os casal principalmente nem ao menos de beija. Não estamos acostumados com isso.
A minha edição, da Editora Pé da Letra, é lindíssima – e faz parte de um box que conta também com Razão e Sensibilidade e Persuasão. Tem capa dura e é recheado de ilustrações de Hugh Thomson.
Orgulho e Preconceito atingiu as minhas expectativas e fiquei curiosa para ler outras obras de Jane Austen.
Recomendo muito.
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